domingo, 19 de outubro de 2014

Por terras de Valverde...

Tendo como objectivo a recolha de algumas imagens para ilustrar o meu próximo livro (que versará sobre Valverde e as suas tradições), andei a percorrer alguns locais que já conheço muito bem, mas que continuam a exercer magnético fascínio sobre a minha pessoa. Rumei até ao Souto, onde pude observar o remanso da paisagem cuja beleza esmagadora nos absorve de tal forma, que nos esquecemos do tempo.
Souto.
Dali, continuei pela velhinha e esburacada estrada de macadame até ao Santo André, onde observei com agrado o templo restaurado. Verifiquei igualmente que começam a restaurar algumas casas particulares. É bom sinal. O Santo André é um local mágico. Faz-nos querer recuar no tempo. Sentir a azáfama dos ranchos de apanhadores de azeitona que vinham de fora. Vivenciar as suas experiências; observar os convívios; escutar as historietas maravilhosas que certamente se contavam nos serões animados pelos mais conversadores...



Pormenores de Santo André.
 Este ano é propício aos cogumelos. De todas as variedades, cores, tamanhos e feitios, são um verdadeiro pitéu para quem os aprecia. Há quem não lhes toque, e há quem se lambuze por eles. Pessoalmente, sou apreciador. Dos que conheço bem...
Clicar nas imagens para ampliar.
Entretanto, fez-se tempo de rumar a Valverde. Tempo de reencontro com amigos e de trocar dois agradáveis dedos de conversa, enquanto bebíamos uma cervejita à porta do café. Falámos um pouco de tudo, e como era dia de Taça, lá resvalou a laracha para a bola. Os meus amigos Armando e Manuel ainda são do tempo dos privilegiados que viram jogar o imortal Eusébio. Benfiquistas ferrenhos, ignorámos ostensivamente a tareia que, lá dentro, na televisão do bar, o leãozinho dava ao "super-mega-hiper-novo-rico-dragom-espanhol" de mister "Flopetegui".