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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Mogadouro e Fermoselle - questiúnculas fronteiriças

Em tempos medievais, as relações fronteiriças entre os poderes estabelecidos de ambos os lados nem sempre eram pacíficas. Contudo, numa espécie de contracorrente que perdurou até à recente abolição dos postos aduaneiros, o povo, agarrado à necessidade de sobrevivência e de boa vizinhança, não ligava muito às condicionantes políticas. Um exemplo perfeito disto pode ser encontrado no texto que abaixo se reproduz (Studia Historica, vol. 14, pág. 137) e que nos relata os problemas entre os Templários e os habitantes de Fermoselle que pastoreavam os seus gados do lado de cá (séc. XIII).
Clicar na imagem para ampliar.

E em 1526 Álvaro Pires de Távora escrevia ao rei D. João III a queixar-se dos negócios de gado que se faziam entre as gentes de Mogadouro e de Espanha, causando grande dano ao respectivo erário.
Fermoselle.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Fermoselle: os "filhos da pedra".

"Un paseo detenido por Fermoselle nos permite constatar que sus calles, sus casas, sus balconadas, sus arcos, todo el ensamblaje granítico del pitoresco pueblo, declarado Conjunto Histórico Monumental, justifican la expresión poética aplicada a sus gentes de "hijos de la piedra".(in Património Geológico Transfronteiriço da Região do Douro - Roteiros).
Quem deixa Portugal pela barragem de Bemposta, depara-se com esta singular povoação espanhola que parece talhada, toda ela, no monte roqueiro que rasga o horizonte.
Tradição e história ensinam-nos que a existência de Fermoselle está prenha de episódios de intercâmbios de toda a espécie com os vizinhos do lado de cá do rio Douro. Verdadeiramente, a fronteira nunca passou de um traço num papel a que se convencionou chamar "mapa". As barreiras administrativas sucumbiram sempre à vontade dos homens.
E como se diz na nota introdutória, Fermoselle merece uma visita demorada às suas entranhas. Sim, porque é no seu âmago que esta vetusta povoação se espraia em verdadeiro deslumbre. Já tinha visitado a "bodega" do amigo Aníbal. Na ocasião, por infortúnio, não levei a máquina. Calhou hoje que a solícita, simpática e muito culta Júlia Sendim, funcionária da "Casa del Parque", nos guiasse a conhecer uma peculiar bodega, pertencente à "peña fermosellana El Pulijón".
Recuperada há cerca de 40 anos, a imponente adega encontra-se debaixo da sede desta peña fermosellana. O local é reservado aos sócios. Já foi oficialmente visitada pelo então presidente da câmara municipal de Mogadouro, Dr. Francisco Pires, conforme fizeram questão de nos mostrar com orgulho, os sócios que nos receberam (a sua assinatura e dedicatória constam do livro de honra da instituição).
Conforme nos explicaram, o "pulijón" (que aparece retratado nesta imagem, na mão do nosso anfitrião) foi um antepassado dos actuais candeeiros de iluminação pública. O recipiente era cheio com pez que, depois era aceso, e assim permitia iluminar as ruas esconsas e íngremes de Fermoselle.
Entrada de uma das muitas bodegas que se podem encontrar ao longo das ruas da localidade. Segundo nos relataram os nossos anfitriões, a aldeia encontra-se praticamente toda assente em bodegas.
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Meros armazéns de vinho? Esconderijos? A sua origem perde-se na bruma do tempo...
Fotos: Antero Neto.






domingo, 22 de agosto de 2010

Touros em Fermoselle

Nem o CR9 corre assim...
Lugares ao sol...
Sem espadas, bandarilhas e afins...
Ah grades lindas!
Are you talkin' to me? Are you talkin' to me?
Fotos: Antero Neto.
Fermoselle é uma pequena e linda povoação contígua a Mogadouro. Quem passa a barragem de Bemposta, é o primeiro povoado espanhol que encontra. Como é sabido, "nuestros hermanos" são grandes aficionados das lides taurinas. Esta parte da largada é a que me chama mais a atenção e desperta algum interesse. Foi pena que os touros fossem fracotes (talvez por terem aviado dois espectadores há coisa de 2 anos atrás...) - como dizia um circunstante, já vi cães maiores. Mas, mesmo assim, a animação vale a pena.