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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Henrique Trindade Coelho - III

Ainda sobre o filho de Trindade Coelho, Henrique (1885-1934), colhemos no n.º 3 do "Year Book of European Studies", dedicado ao tema "Italy - Europe", alguns dados que complementam o post anterior.
 Diz o autor do artigo - Simon Kuin - que:
 "Foi atribuída a Trindade Coelho uma tarefa muito específica: manter a ditadura militar informada acerca das políticas preconizadas pelo Fascismo para as áreas do trabalho, educação e finanças. (...) Numa entrevista que teve lugar em Março de 1928, ele informou os seus conterrâneos de que  o Fascismo significava o renascimento dos valores universais - valores esses que eram os mesmos de Portugal. (...) Em Julho de 1929 ele conseguiu ascender ao cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros, mas, demitiu-se umas escassas três semanas depois, sem ter encontrado ninguém entre os seus colegas que apoiasse a sua ideia de imediata reorganização do Estado de acordo com os princípios do Fascismo. Nem Salazar o apoiou. (...) Ao contrário de Trindade Coelho, Salazar era um realpolitiker, e introduziu as reformas de forma muito gradual."
Nota: tradução inglês/português da minha responsabilidade.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Henrique Trindade Coelho II

Clicar na imagem para ampliar.

Graças a uma dica amiga do Zé Joaquim, fui descobrindo dados muito interessantes acerca da figura de Henrique Trindade Coelho, o multifacetado filho do escritor mogadourense José Francisco. Nomeadamente através da obra de Helena Matos. Esta investigadora revela-nos na "Construção do Mito", que Henrique teve efectivamente a ambição e as condições para ascender a chefe de governo quando integrou o executivo liderado por Ivens Ferraz. Terá confiado demasiado nos apoios que lhe prometeram, entre os quais o do próprio Salazar. Enredado na teia de uma certa vaidade, na prosápia inflamada e nos próprios estratagemas que foi engendrando, entre os quais uma homenagem a seu pai, que tentou capitalizar a seu favor, foi perdendo terreno para o arguto concorrente que acabou por cortar a meta em primeiro. É após esse desfecho que parte para Paris, tendo como destino final Roma e o Vaticano, onde viria a tornar-se íntimo do futuro Pio XII.
Arnaldo Madureira (Salazar e a Igreja) define Henrique como "ex-livre pensador e agnóstico, que se convertera ao catolicismo e às ideias fascistas". Por sua vez, João Medina (Salazar, Hitler...) incluiu-o na "gente que ia do fascismo puro (..., Henrique Trindade Coelho, ....)".

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Henrique Trindade Coelho

Confesso que não nutro grande simpatia pelo filho do emérito escritor mogadourense. Mas, quer queiramos, quer não, acaba por estar ligado à nossa terra, por ser filho de quem era. Fascista e pouco simpático para com os mogadourenses, Henrique Trindade Coelho nasceu em Lisboa, no ano de 1885. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Henrique Trindade Coelho, 1932.

Foi advogado, jornalista (dirigiu "O Século") e político activo (fez parte do grupo ideológico do 28 de Maio).
Publicou alguns livros de poesia e comentário político. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e Ministro do Vaticano.