Tendo em vista a valorização e divulgação do património gastronómico (o genuíno e de raiz popular, sem restaurantes à mistura), associada à divulgação do património histórico e arqueológico do concelho de Mogadouro, tenho andado a congeminar, juntamente com um grupo de mogadourenses que fazem parte de uma associação que pretendemos revitalizar, uma espécie de jornadas em que se associam ambas as temáticas. E como há que começar por algum lado, hoje deu-me para fazer uma incursão ao "Castelo dos Mouros" de Bruçó, para cronometrar o percurso pedestre e verificar o estado das acessibilidades. Como sempre que vou ao castro de Bruçó, hoje descobri por lá algumas novidades. O Professor Dinis deu-me alguma esperança de que esta estrutura venha a ser devidamente estudada num futuro próximo. Oxalá...
Marcas indeléveis da passagem secular pelas rochas que pontuam o percurso.
Belíssimo e singular pontão, que permite a passagem sobre um ribeiro de água cristalina e pura (conforme atestam as salutares plantas que preenchem o regato).
Duas curiosas estruturas: uma aproveitada pelo homem e outra, fruto da acção escultórica da natureza.
Pano de muralha externa que o incêndio que devastou esta zona colocou a descoberto. Esta fracção de muralha contrariou a ideia inicial que eu tinha. Afinal, o último reduto fica uns bons vinte metros mais abaixo. Há males que vêm por bem...
Pano de muralha em perfeito estado de conservação.
Um dos guardiões do templo.
Um pedaço de história abandonado.
Mais esculturas da mãe natureza, pontilhadas pela mão humana.
E como estamos em Bruçó, não podia falhar uma visita às adegas dos velhos amigos, onde nada se deixa faltar. Presunto, queijo, salpicão, nozes, amêndoas, figos secos, azeitonas cortilhadas, pão caseiro, vinho e são convívio entre espíritos simples e puros (Ti Evangelino, Ti Américo, Ti Fernando "Mata", Fonseca, Ti Macário, Álvaro, etc...). Um grande bem haja a todos!