Os cactos carregados de deliciosos figos. Andei dois dias a tirar picos das mãos, mas valeu a pena.
Uma das vistas que se alcança do Pereirinho.
O sítio do "Castelinho", que terá sido um castro e que agora está assim... lavrado e cultivado!
O "Cabeço".
Dois aspectos do topo do "Pereirinho".
Vista da povoação de Estevais, anichada no vale.
Fotos: Antero Neto. Pedi ao ilustre escritor José Rentes de Carvalho o favor de me receber e de me indicar alguns pontos de interesse arqueológico existentes no termo de Estevais, de que tinha tomado conhecimento através da obra de Albino Pereira Lopo.
Com grande amabilidade e paciência levou a minha "equipa" a visitar o "Pereirinho". O local é acessível por carro ligeiro e proporciona-nos imagens de rara beleza paisagística.
Pereira Lopo refere que "o Pereirinho foi uma curiosa estação pré-histórica, que parece que se prolongou muito pelos tempos históricos (...)" - in "Apontamentos Arqueológicos", pág. 136.
A elevação, sobranceira à Serra da Navalheira, situa-se no centro de diversos povoados já referenciados: o Resinal, o Castelinho (barbaramente destruído pelos proprietários do terreno, que ali fizeram uma plantação de árvores) e o Cabeço, pelo que é bem provável que tenha sido um lugar de culto ancestral, conforme alvitra Pereira Lopo na obra citada.
Estevais fez parte de uma rota romana que perdurou pelos séculos fora, e que só foi destronada pelo aparecimento do caminho de ferro. Pena é que hoje, para lá chegar, seja necessário percorrer uma estrada sofrível, a necessitar urgentemente de entrar no "plano rodoviário local".