Com o Gil Martins.
Foto: Isaías Cordeiro.Já estava com saudades de voltar ao terreno. Finalmente, a meteorologia deu-me tréguas e permitiu o ansiado regresso. A pretexto de um achado arqueológico em Castelo Branco, de que darei notícia no próximo post, contactei o meu amigo Isaías Cordeiro e demandei aquelas bonitas paragens. Ali chegado, juntamente com o Gil Martins, procurei saber a exacta localização do castro (vulgarmente designado por "castelo") de Castendeixos, já na área das Quintas das Quebradas. Como nenhum deles soubesse dizer-me onde era, contactaram o Henrique Barroco que, por via telefónica, lá foi sugerindo a localização. Sem grandes certezas, deslocámo-nos ao local indicado e buscámos eventuais vestígios castrejos.
Depois de prescrutada toda a zona, e seguindo a opinião do amigo Isaías, fixei-me no único sítio que reúne as características típicas dos locais onde os nossos antepassados erguiam defesas. Uma espécie de península elevada, circundada por uma ribeira (curiosamente, ou talvez não, denominada "ribeira do castelo"), com vestígios de muros antigos e abundância de pedra solta. O local foi muito adulterado devido à intervenção agrícola ali efectuada. Razão pela qual não posso certificar que seja um castro. Mas, todos os indícios constatados no local me levam a crer que ali existiu uma fortaleza coeva.