Depois do incêndio que assolou a região, foi tempo de concluir a visita ao castro de Valverde. Combinei com o Pimenta de Castro e metemo-nos a caminho (literalmente a corta-mato). O percurso foi breve e a expectativa era de alguma monta, depois de termos conversado com o Hélio, que nos revelou que achou por ali fragmentos cerâmicos, parte de uma mó manual e a figura que já se retratou em postagem anterior. Contudo, a par da paisagem desoladora que fomos vislumbrando, os
restos mortais do povoado fortificado também representaram uma completa desilusão. Tirando um ou outro pormenor revelador da ocupação humana, o local encontra-se completamente adulterado pela acção dos agricultores que arrasaram completamente as estruturas que outrora ali pontificaram (com excepção de pequenos sectores da muralha exterior). Não fossem os diversos testemunhos colhidos, a toponímia e o apontamento constante do sítio do IGESPAR, e ninguém diria que ali houve o que quer que fosse, para além do que se lá encontra...
Vista do "Cabeço do Castelo".
Fragmento cerâmico encontrado à superfície.
Secção de muralha.
Fantasmas na bruma...
O único vestígio de estrutura edificada existente no interior do perímetro da povoação castreja.
Belo e imponente, escapou incólume às garras do incendiário criminoso.
Fotos: Antero Neto.