Balthazar de Moraes de Antas nasceu em Mogadouro, na região de Bragança,
antes de 1540. Era filho de Pedro de Moraes e Ignes Navarro de Antas. Pertencia
às famílias Moraes e Antas, mas não era herdeiro do morgadio, que cabia ao
primogénito e que na maior parte tinha sido anexado à coroa. Teve uma irmã
casada com o sargento-mor José Alvares Meirelles, cavaleiro fidalgo da casa do
Sr. D. António, e morador em Mogadouro pelos anos de 1575, era irmão também de
Belchior de Moraes de Antas. Era 10º neto de
Afonso Henriques fundador de Portugal. Baltazar chega a São Vicente em 1555 e
casa-se com Brites Rodrigues Annes antes de 1561.
Em 1579, Baltazar de Moraes foi eleito Juiz Ordinário da Vila de São Paulo. Foi
no entanto impedido de tomar posse sob a alegação de que seria cristão-novo e,
portanto, proibido por lei de exercer cargos públicos.
Chegado a Portugal, dirige-se à sua terra natal, Mogadouro onde faz lavrar a
sua carta de nobreza e "de puritate sanguini" em 11 setembro de 1579, com todas
as formalidades exigidas pela lei e pela Inquisição, perante o Juiz Amador do
Valle, de Mogadouro, sendo escrivão dos autos o tabelião Gaspar Teixeira.
Justificou a sua fraternidade por pai e mãe com Belchior de Moraes de Antas para
se aproveitar do instrumento que a este se tinha passado. Assim se julgou de que
se deu ao dito Balthazar de Moraes o seu instrumento autêntico, o qual o fez
reconhecer em 1579 pelos escrivães de Mogadouro, Muxagata, Torre de Moncorvo,
Mirandela, e Vila Pouca de Aguiar. (in, http://freepages.genealogy.rootsweb.ancestry.com)
Já aqui tínhamos falado desta personagem e da sua curiosa saga para ser reconhecido como cristão-velho. Agora, através da página web indicada em cima, ficamos a saber que foi antepassado de dois presidentes do Brasil: Prudente de Moraes e Delfim Moreira. Pelo menos, a acreditar nos autores da referida página.