Não sei se alguma alma caridosa lhes pagou um fino, mas palha não faltou...
Jogos tradicionais das feiras populares.
Mantimento para uma ou, no máximo, duas noites...O "Chocalheiro" de Vale de Porco também marcou presença. A este propósito, já aqui me manifestei contra este género de aparições. Citando Paula Godinho ("Festas de Inverno..."): "Aquilo que no seu contexto (tempo e espaço, numa sociedade que foi agrícola ao longo da história) tivera não só uma forte carga ritual - com um conjunto de prescrições e proscrições bem precisas - como envolvera um momento de transgressão e vindicta por parte de grupos subalternos, passou a ser vivido ilusoriamente (Debord, 2005: 114) e foi convertido em mercadoria e espectáculo." Ou seja, fora do seu contexto geográfico e cultural específico, estas manifestações de folclore perdem sentido e transformam-se num vazio e triste baile de máscaras. Além de se revelarem altamente contraproducentes, numa espécie de "matança da galinha dos ovos de ouro": se a montanha vem a Maomé, então Maomé já não necessita de ir à montanha!
Momentos da actuação do grupo "Lua Nova".
Fotos: Antero Neto.