domingo, 23 de março de 2014

Coimbra: classe de 88.

Sob o pretexto de assistir à apresentação pública da mais recente obra do meu colega de curso Pedro Guilherme-Moreira ("Livro Sem Ninguém"), regressei à Lusa Atenas, onde já não ia há cerca de onze anos.
 Do livro propriamente dito, não vos posso dizer nada, porque ainda não o li. Posso, isso sim, recomendar a leitura de "A Manhã do Mundo", primeiro trabalho do autor, que foi uma muito agradável surpresa. A este propósito, permito-me aqui evidenciar esta geração de 88 da FDUC que, além de excelentes juristas, forneceu ao domínio das artes nacionais nomes como Manuela Azevedo (vocalista do grupo musical "Clã") e Nuno Cardoso, actor, encenador e director de teatro.
Este regresso a Coimbra permitiu-me um reencontro com rostos e locais que marcaram de forma indelével um determinado momento do meu percurso biográfico. Foi uma espécie de viajem no tempo, onde praticámos exorcismo grupal daquilo que denominámos como "stress pós-traumático do curso de Direito em Coimbra". Foi oportunidade para relembrar esporádicas manifestações mentalmente cavalares de um ou outro professor. Comentar certos elitismos serôdios. De revivermos um estado evolutivo em que existíamos imbuídos de pulcra sobranceria. Oh Captain! my Captain...






Fotos: Antero Neto e Rita Lopes (clicar nas imagens para ampliar).