quinta-feira, 31 de julho de 2014

Vítimas da Inquisição no concelho de Mogadouro

O quadro que se segue tem por base de estudo os processos da Inquisição disponíveis no site da Torre do Tombo e inclui a aldeia de Lagoaça porque, tal como refiro no livro de onde foi retirado, na data destes factos a localidade em questão era parte integrante do concelho de Mogadouro.

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Os famosos “Tratos de Polé”

O “incentivo” à confissão de culpas, nos casos em que não houvesse provas contra o acusado ou em que a confissão deste fosse considerada insuficiente, passava pelos muito famosos “tratos de polé”. Esta forma de tortura consistia em pendurar o preso, vigorosamente atado por cordas. A um sinal do inquisidor, o carrasco largava a corda, deixando-o cair com velocidade em direcção ao chão. Quando estava quase a bater, a corda era subitamente sustada, causando um violento choque que provocava o enterrar das cordas na carne. Outra variante deste tormento, aplicada aos presos com saúde débil, residia em deitar o réu numa espécie de mesa - o potro - igualmente amarrado com cordas, que uma roldana manipulada pelo carrasco esticava e fazia enterrar na carne dos réus.” (NETO, Antero, in “Marcas Arquitectónicas Judaicas e Vítimas da Inquisição no Concelho de Mogadouro. D. Luis Carvajal y de La Cueva”, Lema d’Origem, 2013)