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Os
famosos “Tratos de Polé”
“O “incentivo” à confissão de
culpas, nos casos em que não houvesse provas contra o acusado ou em que a
confissão deste fosse considerada insuficiente, passava pelos muito famosos “tratos
de polé”. Esta forma de tortura consistia em pendurar o preso, vigorosamente
atado por cordas. A um sinal do inquisidor, o carrasco largava a corda,
deixando-o cair com velocidade em direcção ao chão. Quando estava quase a
bater, a corda era subitamente sustada, causando um violento choque que
provocava o enterrar das cordas na carne. Outra variante deste tormento,
aplicada aos presos com saúde débil, residia em deitar o réu numa espécie de
mesa - o potro - igualmente amarrado com cordas, que uma roldana manipulada
pelo carrasco esticava e fazia enterrar na carne dos réus.” (NETO, Antero, in “Marcas Arquitectónicas Judaicas e
Vítimas da Inquisição no Concelho de Mogadouro. D. Luis Carvajal y de La Cueva”,
Lema d’Origem, 2013)