Até apetece dizer que agora aprendi o caminho e não saio de lá. Mas, Urrós é uma aldeia com um tremendo potencial e fonte inesgotável de riqueza patrimonial e histórica. Hoje, tocou-me ir visitar a igreja paroquial. O cicerone voltou a ser tiu Barrios e, desta vez, acompanhou-nos o amigo Beto Costa. Quanto ao templo em si, consta numa das colunas a data de 1771. Certamente uma das muitas em que sofreu obras de beneficiação e remodelação.
O cura Simão Vaz Frois, na resposta ao inquérito paroquial de 1758, deixou escrito que o orago é Santa Maria Madalena e que a igreja "tem sinco altares, em o maior está o orago Santa Maria Madalena, e em dois colaterais, da parte do Evamgelio, está em o primeiro Nossa Senhora do Rosario, em o segundo, o Santissimo Christo da Piedade, em o primeiro colateral da parte Epistola esta Santo Antonio, o Menino Jesus, Santo Ubaldo, em o segundo esta Santa Barbora. Tem duas naves, não tem irmandades." (in "As Freguesias do Distrito de Bragança...", coordenação de J. V. Capela, pp. 564/565).
Armário ricamente trabalhado, que faz parte do espólio do templo.
Uma das muitas bodegas de Urrós. Infelizmente, e ao contrário desta, a maior parte encontra-se em ruínas. É um aspecto a merecer a atenção das entidades responsáveis pela gestão municipal. Podia criar-se aqui um pólo de atracção a considerar. Assim houvesse boa vontade...
Uma nota final para a capela de São Fagundo. Segundo o cura de 1758, ela ainda estava completa nesse ano, sendo o seu responsável o padre Francisco Xavier Sopico, de Vimioso.