Foi recentemente inaugurada uma réplica do pelourinho de Penas Róias, que pode ser apreciada na aldeia, que outrora foi sede de concelho (recordo que tem o foral mais antigo do actual concelho de Mogadouro). Como um dia escreveu o Abade de Baçal
“O pelourinho de Penas Roias, apeado
pela onda de insensatez iconoclasta, que em meados do século passado
vandalizou tantos outros, devem restaurá-lo como fizeram os de Vila
Flor, Vilar Seco de Lomba, Vinhais e todos os dias estão fazendo noutras terras,
pois ainda existe parte do fuste e, como o seu desenho se encontra em Duarte de Armas, é fácil dar-lhe a traça primitiva, coisa que outros não conseguem tão
seguramente. Acresce ainda que é dos do tipo chamado de gaiola e não há
outro no distrito de Bragança. Penaroienses, mãos ao restauro do
pelourinho, resgatando assim nobremente o erro passado, porque os pelourinhos
são o símbolo da autonomia concelhia; a carta de nobreza e
fidalguia de uma terra; o seu brasão ou pedra de armas; o documento, a prova da sua
honra, do seu valor físico e mental; um motivo turístico; uma
lição de civismo e de arte.” in "Memórias...", vol. VIII, pág. 128.
O pelourinho visto por Duarte d'Armas.
Imagem da cerimónia de inauguração (foto: Mensageiro de Bragança).
Está, pois, de parabéns o executivo liderado pelo alcaide José António Patrão, a quem aproveito para agradecer o convite para estar presente no acto. Infelizmente, razões de saúde impediram-me de me deslocar à aldeia.