O seu companheiro de viagem, Johann Link mencionou algumas propriedades outrora pertences à família dos Távoras, e que na data pertenciam ao conde de São Vicente (Miguel Carlos da Cunha da Silveira e Lorena), como a Quinta do Marmoniz e a Quinta de Nogueira.
Igualmente importante foi a visita a umas minas de chumbo, próximas do rio Sabor, que, presumo eu, fossem as do Souto.
Ribeira que desagua no rio Sabor, a montante das minas do Souto (actualmente, esta depressão geográfica encontra-se totalmente coberta pela água).
Acerca da visita a Brunhoso, Nuno Gomes de Oliveira diz que: "chega a Brunhoso (Mogadouro) e após meia hora de marcha desce até ao rio Sabor: “Caminhos difíceis atravessam uma espessa floresta onde cresce a vinha selvagem que trepa ao longo das árvores; os habitantes ignoram que se pode cultivar; os javalis povoam os locais mais cerrados da floresta”. De Brunhoso Hoffmanssegg avista a Serra de Sanábria (Galiza) (e não Senabria como Link por erro escreve), “totalmente coberta de neve a 30 de Abril” (de 1800).
Depois, ainda passou por Bemposta e Ventozelo, tal como escreve o autor citado: "Depois de uma breve referência a Miranda do Douro que “é um local miserável”, Hoffmannsegg foi para Bemposta, seguiu para Freixo de Espada à Cinta, atravessando Ventozelo e a aldeia de Lagoaça “cercada de cerejeiras”."
Duas pequenas notas críticas ao trabalho de Nuno Oliveira:
1. No percurso entre Carviçais e Mogadouro, quando Hoffmannsegg fala da "Navalheira" não se está a referir à serra com o mesmo nome junto a Bornes. Nem tal faria qualquer sentido. Está sim a referir-se à mata da Navalheira que se situa entre Estevais e Meirinhos (Mogadouro).
2. Sanábria pertence a Zamora, província de Castela e Leão e não à Galiza.