A propósito de algumas figuras individuais e colectivas que aqui tenho mencionado no blog, ocorre-me que existem algumas omissões profundamente injustas na toponímia da vila de Mogadouro. Desde logo, por exemplo, falta uma rua com o nome de Daniel Roxo. Há testemunhos e homenagens em distantes paragens nacionais e internacionais que louvam a sua pessoa e acção. Em Mogadouro, nada. Outro exemplo flagrante é o de D. Luis Carvajal y de La Cueva. Se havia dúvidas acerca da sua pessoa, penso que foram dissipadas pelo meu livro. Continua estranhamente omisso. Ou o Prof. Santos Júnior; ou o coronel Albino Pereira Lopo, por exemplo, que foram homens de grande relevo no seu tempo, dedicando parte importante da sua obra ao concelho de Mogadouro. Merecem tratamento igual ao Abade de Baçal! Os Templários representam outro caso incompreensível. Foram donos e senhores destas terras durante muito tempo. No entanto, deles nem sinal toponímico. Os Távoras têm uma rua (aquele onde eu moro), mas a placa indicativa desapareceu e nunca foi reposta. Os combatentes do Ultramar têm uma rua, mas os da Primeira Guerra Mundial foram esquecidos. A propósito disto, para quando uma simples lápide evocativa destes homens que deram o corpo e o espírito pela pátria? Já deixei a sugestão em sessão da Assembleia Municipal, no mandato anterior, mas a mesma caiu em saco roto...
Capa de revista com artigo sobre Daniel Roxo em destaque.
Estátua de D. Luis Carvajal y de La Cueva, no México.
Castelo templário de Penas Róias.
Em contrapartida, abundam pela vila uns vistosos calhaus a celebrar a inauguração de tudo quanto é chafarica. E o actual executivo municipal parece não querer ficar atrás dos anteriores, embora se reconheça alguma evolução na componente estética (já não parecem lápides funerárias). Tenho cá para mim que juntando-os a todos já davam para construir um abrigo para uma família de refugiados...