segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Figueira

Convidado pelo amigo Carlos Garnacho, a pretexto de festa de "mata-porco", fui até à pequena e vetusta aldeia de Figueira, anexa de Mogadouro, de que dista escassa meia-dúzia de quilómetros. O passeio matinal permitiu-me descortinar pormenores arquitectónicos deliciosos. Infelizmente, tal como nas restantes localidades, grande parte da malha urbana está desabitada. Em 1758 tinha cento e quinze "pessoas de sacramento".

 Arruamento típico.
 Estranhos equilíbrios (está assim há mais de 30 anos!).


 Casa com pormenor arquitectónico judaico no lado direito (não me deram a certeza se seria original dali ou se teria sido enxertado posteriormente, tal como a do lado esquerdo foi).
 Bonita fonte de mergulho.
"Pedra da Bandeira". Era aqui que se erguia e segurava a bandeira sempre que alguém da povoação obtinha formação académica superior.

Da aldeia avista-se a vizinha Serra de Figueira, onde outrora existiu um castro e onde ainda se podem observar resquícios de antigas explorações mineiras romanas. "E só sim na fraga que fica por cima da freguesia de que já se fez menção se descobrem huns vestígios de muralhas e fortalezas que hé tradição serem do tempo dos sarracenos, mas estas ao presente se acham de tudo quasi arruinadas." - Memória paroquial de 1758 (o pároco confundiu "mouros" com "sarracenos").