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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Omissões e injustiças da toponímia de Mogadouro

A propósito de algumas figuras individuais e colectivas que aqui tenho mencionado no blog, ocorre-me que existem algumas omissões profundamente injustas na toponímia da vila de Mogadouro. Desde logo, por exemplo, falta uma rua com o nome de Daniel Roxo. Há testemunhos e homenagens em distantes paragens nacionais e internacionais que louvam a sua pessoa e acção. Em Mogadouro, nada. Outro exemplo flagrante é o de D. Luis Carvajal y de La Cueva. Se havia dúvidas acerca da sua pessoa, penso que foram dissipadas pelo meu livro. Continua estranhamente omisso. Ou o Prof. Santos Júnior; ou o coronel Albino Pereira Lopo, por exemplo, que foram homens de grande relevo no seu tempo, dedicando parte importante da sua obra ao concelho de Mogadouro. Merecem tratamento igual ao Abade de Baçal! Os Templários representam outro caso incompreensível. Foram donos e senhores destas terras durante muito tempo. No entanto, deles nem sinal toponímico. Os Távoras têm uma rua (aquele onde eu moro), mas a placa indicativa desapareceu e nunca foi reposta. Os combatentes do Ultramar têm uma rua, mas os da Primeira Guerra Mundial foram esquecidos. A propósito disto, para quando uma simples lápide evocativa destes homens que deram o corpo e o espírito pela pátria? Já deixei a sugestão em sessão da Assembleia Municipal, no mandato anterior, mas a mesma caiu em saco roto...

Capa de revista com artigo sobre Daniel Roxo em destaque.
Estátua de D. Luis Carvajal y de La Cueva, no México.
Castelo templário de Penas Róias.

Em contrapartida, abundam pela vila uns vistosos calhaus a celebrar a inauguração de tudo quanto é chafarica. E o actual executivo municipal parece não querer ficar atrás dos anteriores, embora se reconheça alguma evolução na componente estética (já não parecem lápides funerárias). Tenho cá para mim que juntando-os a todos já davam para construir um abrigo para uma família de refugiados...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A morte de D. João VI e a toponímia mogadourense

Quando estava a trabalhar no meu livro sobre as marcas arquitectónicas judaicas procurei saber como se teria chamado outrora a artéria que é actualmente composta pela Rua dos Távoras e pela Rua João de Freitas. Tal tarefa revelou-se impossível, devido aos famigerados incêndios que causticaram os arquivos municipais. A minha demanda tinha uma razão: dado ser uma artéria prenhe de marcas arquitectónicas judaicas, deveria ter sido conhecida por "Rua Nova", ou "Rua Direita". E as minhas conjecturas tinham lastro. Quase por acaso, tropecei na descrição das exéquias mandadas celebrar pela Câmara Municipal de Mogadouro em 9 de Maio de 1826, pela morte de D. João VI (ver: Abade de Baçal, Memórias...).
Aí se descreve a composição do cortejo e o seu trajecto, que começa nos Paços da Câmara, sitos no cimo da praça, seguindo depois pela RUA DIREITA, chegando à Praça da Feira. Daí subiu pela Rua do Sagrado, até à embocadura do Bairro do Penedo, virando para a Rua da Cadeia, e regressando aos Paços do Concelho (que se situavam no largo do Pelourinho).
 Praça onde se pode observar parte da estrutura da "Casa da Câmara", junto ao Pelourinho.
Largo da Feira (actual Largo Trindade Coelho).