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domingo, 2 de dezembro de 2012

Castro de Castelo Branco - 2.ª visita

"Vila Velha/ Freijal/ Cabeço dos Mouros:
Povoado implantado num relevo em esporão que se desenvolve sobre a Ribeira da Freixeda, a noroeste da aldeia de Castelo Branco, junto ao santuário da Srª das Vilas Velhas. O local detém excelentes condições de defesa natural, sendo completamente inacessível pelos sectores oriental, sul e ocidental, todos eles a caírem abruptamente sobre o apertado meandro que a Ribeira da Freixeda descreve neste ponto do seu curso. O istmo de acesso é realizado a partir da vertente norte, que revela uma geomorfologia muito mais suave. É sobre essa área, actualmente ocupada com oliveiras, que se detectaram os vestígios cerâmicos de superfície mais significativos. Estes constituem-se fundamentalmente por fragmentos cujas pastas apontam para cronologias balizadas entre a romanização e a Idade Média. Da arquitectura defensiva permanecem alguns derrubes de uma única linha de muralha realizada à base de pedra partida de xisto que arranca a norte e protege todo o sector ocidental. No interior do perímetro amuralhado, de configuração alongada, podem-se observar alguns derrubes pertencentes a antigas construções. A sul da plataforma de ocupação foi escavado no afloramento rochoso uma estrutura de planta quadrangular, muito atulhada e destruída, que poderá corresponder a um lagar." in Portal do Arqueólogo.
Tinha-me ficado vontade de regressar a este local, sobretudo para melhor observar o suposto "lagar", uma vez que, na primeira visita, estava cheio de água.
As dúvidas permanecem. Pode ter sido, efectivamente, um lagar, mas também um simples depósito de água. Só uma limpeza cuidadosa e total do sítio poderia, eventualmente, ajudar esclarecer a questão.
Castelo Branco, a espreitar ao longe...
Pano de muralha. Podem observar-se no local abundantes fragmentos de tegulae, o que confirma a tese da romanização. A pedra derrubada já não é muita e uma parte da estrutura foi danificada por trabalhos agrícolas e de abertura de caminhos. É vox populi que já foram encontradas moedas romanas no local. Seria interessante poder constatar a sua real existência e observá-las para determinar a sua cronologia. Deparei-me ainda com um objecto que pode ser um machado de pedra (não tenho a certeza se teria essa funcionalidade, mas não tenho dúvidas de que era um instrumento de uso humano).
Fotos: Antero Neto.



domingo, 21 de março de 2010

Castro da Vila Velha e aldeia de Castelo Branco

Bonita janela junto à Praça.
Uma das muitas fontes da aldeia.
Antigo moinho. Se vos mostrasse a parte da frente...
Carrasco imponente! Mete respeito! Só esta árvore merece a visita à capela.

Inscrição intrigante.
Eu e o meu cicerone, Agripino Rebordão (na subida para o castro - foto: Vítor Lopes).

Restos daquilo que me pareceu ser uma parte da muralha exterior do castro (se existiu campo de pedras fincadas, foi destruído pela acção dos donos dos terrenos subjacentes ao povoado, pelo lado acessível).

Ruínas de construção castreja.
Estrutura escavada na rocha, situada no topo do povoamento fortificado.
Resquícios árabes? Ou preciosismo técnico dos trolhas?

Cruzeiro com o nicho pintado. Foi o primeiro que vi assim. O local merecia mais atenção.

A bela fonte onde vão beber as bestas.
Outra janela interessante.
Aspecto do bonito aqueduto que está por debaixo da estrada nacional.
Singela ponte medieval.
Mais uma fonte de mergulho.

Fresco na parede de fundo da fonte de mergulho.
Artefacto para puxar a água, junto à fonte de mergulho.
Fotos: Antero Neto.
Finalmente, a meteorologia deu-nos tréguas. A convite do Agripino, fui fazer uma visita exaustiva à bela aldeia de Castelo Branco. Andava com vontade de visitar o castro local, situado na chamada "Vila Velha". Ainda são bem visíveis restos de estruturas ali construídas pelos nossos antepassados. Segundo me relataram, já por ali andou alguém em prospecção de metais, e, pelos vistos, conseguiu encontrar algumas moedas. Cunhadas por quem e de que periodo histórico, é que não sei. Gostava de saber. Mas, como é costume, ninguém sabe por onde param as ditas peças.
Castelo Branco proporciona belas imagens. Para além do já estafado postal do solar, a localidade encerra uma multiplicidade de pequenos pormenores arquitectónicos que justificam uma visita demorada. E, como não podia deixar de ser, a hospitalidade dos albicastrenses não destoa do resto do concelho.
Foi uma tarde bem passada (com um final de dia muito saboroso lá para o sul do país. Mas isso são contas de outro rosário...).