Encerramento de serviços de Finanças

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A concretizar-se o que vem nesta projecção, Mogadouro ficará sem serviço de Finanças. Esta proposta ainda é só isso: uma hipótese. Mas, se vier a tornar-se num projecto definitivo, então estaremos perante mais um incrível ataque ao interior do país! Será que os calhordas dos gabinetes ministeriais não fazem a menor ideia do país que (des)governam? E os políticos que nos "representam", a nível distrital, na Assembleia da República? Vão ficar calados e ser a habitual voz do dono? Ou vão pugnar pelos reais interesses das populações do distrito? A avaliar pelos exemplos mais recentes (vide o caso do encerramento da maternidade de Mirandela), se estivermos à espera deles, bem podemos esperar sentados...
É por isso que sou a favor da alteração da Constituição da República Portuguesa, no sentido de permitir a eleição de cidadãos independentes para a Assembleia da República, ou então, da criação de um único círculo eleitoral nacional (para acabar de vez com esta hipocrisia da "representação local", uma vez que já é hábito estes círculos distritais servirem apenas para colocar os amigos sobrantes dos círculos mais poderosos, ou para perpetuar os incompetentes que as máquinas partidárias impõem aos eleitores).
É impressionante constatar isto: em termos administrativos, estamos a regredir aos níveis do séc. XIX...

Será da crise?

Fotos: Antero Neto.

Será que a Câmara Municipal de Mogadouro já não tem dinheiro para tampas? Ou será que, ao contrário daquilo que propala aos quatro ventos, não tem os pagamentos aos empreiteiros em dia? Eis dois exemplos de tampas colocadas na sequência da já famosa obra de remodelação da zona histórica da vila. Estão na Rua dos Távoras (para quem quiser apreciar in loco).
Como diz um vizinho: "fomos os últimos e os mais maltratados".

Post Scriptum: pensando melhor, isto até tem uma certa lógica: como se trata da zona envolvente do castelo, há que utilizar peças do século passado. Possuem maior valor arqueológico...

Quando o blog é notícia...

Blogue - Contar histórias e estórias de Mogadouro

Quando o blogue é notícia e onde o autor é entrevistado.

Património histórico e arqueológico

Ponte medieval, presumivelmente edificada pelos Templários, entre Azinhoso e Penas Róias.

Fonte da Vila, em Penas Róias.

Castelo de Penas Róias.

Fotos: Antero Neto.

No seguimento do post anterior, e apesar de já aqui ter colocado estas fotos, enquadradas noutras "reportagens", nunca é demais chamar a atenção para o estado de abandono a que algum património histórico do concelho de Mogadouro se encontra votado. Eu sei que isto não dá muitos votos (ou nenhuns), pois nem a situação, nem a oposição perdem tempo com o assunto. Mas a mim parece-me mal. Que é que hei-de fazer?

Dia do pai

Não sou muito de celebrar efemérides universais. Mas, logo pela manhã, vi no Facebook o vídeo da canção "Father and son", de Cat Stevens, e não pude deixar de me emocionar, por me trazer à lembrança alguns dos diálogos que mantive com o meu pai...

1988

Mesa Redonda sobre Arte Rupestre

Encontram-se abertas as inscrições para comunicações, posters e para participantes sem comunicação na II Mesa Redonda-  Artes Rupestres da Pré-história e da Proto-história 2011 - Estudo, Conservação e Musealização de Maciços Rochosos e Monumentos Funerários.
Local -Universidade do Porto - Faculdade de Letras (Anfiteatro Nobre).

Datas - 10, 11 e 12 de Novembro: Dias 10 e 11- sessões; 12- Visita a Maciços Rochosos e monumentos megalíticos da Beira Alta

Organização: Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto/Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Centro de Estudos Pré-históricos da Beira Alta.

                  
A inscrição   e demais informações ( linhas programáticas/objectivos, programa, resumos, etc.) deve ser feita através do site: (http://sites.google.com/site/artesrupestres/)

As Actas, que incluem os debates serão objecto de publicação.

Quando o blog é fonte de notícia

Devaneios primaveris

Fotos: Antero Neto.

Deambulando por Bruçó, junto ao Douro...

Cenas do quotidiano rural

É caso para dizer: que grandes nabos!

Crise? Qual crise?

Os romiacos do Pariço.

Leva-me prá América...

Fotos: Antero Neto.

Os pós modernos

Fotos: Antero Neto.

Mogadouro não é só tradição. Também é arte e modernismo. O conjunto arquitectónico do centro da vila proporciona belos "bonecos".

Mogadouro na imprensa

O passado fim-de-semana foi fértil em referências a Mogadouro na imprensa.
Como já vem sendo hábito, o "Jornal de Notícias" publicou, na sua edição de sábado, mais um excelente artigo da autoria de Francisco Pinto. Desta vez, sobre o chamado "roteiro mariano". Este artigo surge na sequência de outros que têm ajudado a promover a imagem do nosso concelho. Quando ouço algumas críticas ao trabalho deste jornalista, dá-me vontade de rir. Tem desenvolvido um serviço muito meritório à nossa terra. Há que reconhecê-lo, sem falsos pudores e sem falsa timidez.
Ainda no sábado, a edição do "Diário de Notícias", nas sua páginas interiores, deu grande destaque ao escritor J. Rentes de Carvalho.
Também no sábado, mas na imprensa desportiva, foi despoletada a polémica da alegada inscrição irregular de onze (!!!) jogadores brasileiros pelo Clube Académico de Mogadouro (mereceu mesmo a medalha de lata da edição do "Record").

Reflexão

Para aqueles que passam a vida a citar terceiros, mascarando a sua própria arrogância, e que, pelos vistos, nunca leram Platão (ou então, limitaram-se a olhá-lo de soslaio), aqui fica um breve excerto do discurso proferido por Sócrates (o filósofo grego... nada de confusões...) perante os seus concidadãos que o condenaram à morte:
"Por fim, fui ter com os artesãos, pois que, se eu tinha consciência de não saber quase nada, estava certo de que iria encontrar entre eles pelo menos algumas pessoas que soubessem muitas coisas excelentes. E não fui desiludido. Eles conheciam efectivamente coisas que eu não conhecia e nisso eram mais sábios do que eu. Simplesmente, ó Atenienses, esses bons artesãos pareceram-me ter o mesmo defeito que os poetas. Por fazerem bem o seu ofício, todos eles se julgavam muito entendidos mesmo nas coisas mais importantes e essa ilusão obscurecia-lhes o saber profissional. Foi de tal modo que, para justificar o oráculo, me perguntei se não preferiria ser tal como sou, sem partilhar nem da sua ciência nem da sua ignorância, em vez de ter uma e outra como eles têm..." - Platão - Diálogos III, pág. 39 - Ed. Europa-América.

Vem isto a propósito de Trindade Coelho. O escritor mogadourense não reúne consenso. Para uns foi um mestre do conto rústico. Para outros foi um autor menor. Independentemente da respeitável opinião de cada um, neste ano celebra-se o centenário da morte de um grande Homem. Além do escritor, recorda-se a aura do cívico que perdura(rá) per omnia secula seculorum. Coisa que muitos dos seus talentosos detractores nunca almejarão...

Há 33 anos atrás...

No Verão Quente de 1975, enquanto na capital e arredores se esgrimiam G3 a sério, nós, completamente alheios ao xadrez político, brincávamos à guerra, no espaço que ladeia o castelo. A foto foi tirada pelo Foster, e nela estamos eu, o Tomané Sampaio, o meu irmão Manel, o Tareco e o Afonso (no sentido dos ponteiros do relógio).

Ploumagoar

Quem quiser conhecer melhor a terra gémea de Mogadouro, pode ir ao site oficial, com este endereço: http://www.commune-ploumagoar.fr/

Minha Aldeia

Foto: Antero Neto.

"Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
A mesma fria certeza
Os afasta e desampara,
rumorejante seara
Onde se odeia em beleza."

(António Gedeão: Minha Aldeia)

Linguajares...

Muita gente tem levado a cabo recolhas de termos ou expressões características da região transmontana. São trabalhos interessantes, que nos lembram as nossas raízes e a nossa infância rústica. Mas, além dessas palavras típicas, há outras que, tratando-se de erros de português, se vão entranhando aos poucos na linguagem popular e se ouvem cada vez mais recorrentemente nas bocas do nosso povo. Assim de repente, estou a lembrar-me destes exemplos:
- A minha filha já está afectiva na Câmara.
- O homem quebrou-se da renda.
- Foi para a França com uma contrata.
- O doutor disse-me que tinha a atenção alta.
Claro está que a filha não namora com ninguém da Câmara; e o homem não partiu nada; nem o contrato mudou de género; e ninguém recebeu mais miminhos. Mas, não estranhem se ouvirem alguém que vos é próximo falar assim. O que eu me interrogo é se, com o uso, estes termos não passarão a ganhar estes sentidos...

Lavrador

Foto: Manuel Neto - Bruçó/2007.O arado rasga as entranhas escuras, deixando atrás de si sulcos que serão fertilizados, dando origem ao nascimento de novos seres. A simbologia ancestral (anterior ao surgimento dos Deuses institucionalizados) venerava imagens de uma matrona, que significava a mãe terra que, de barriga prenha, se prestava a fazer brotar o alimento. A figura masculina era geralmente associada a representações do sol (com grande repercussão na civilização egípcia, em que o Deus Ra assumia papel preponderante, e até na monarquia francesa, com o auto-proclamado "Rei-Sol" a recorrer a esta figura para se impor).
Não deixa de ser uma imagem que, em pleno séc. XXI nos faz apreciar e dar valor ao caracter genuino das coisas simples da vida.