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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O "berrão" de Vila dos Sinos


"O termo “berrão” refere-se popularmente a um porco de cobrição e foi apropriado pelos arqueólogos para classificar, indiferentemente da espécie animal em causa, todas as esculturas zoomorfas proto-históricas em pedra. Este género de achados arqueológicos encontra-se disperso por uma área geográfica que inclui o Douro Litoral, Minho, Trás-os-Montes, Beira Alta e as províncias espanholas de Ávila, Burgos, Cáceres, Orense, Pontevedra, Salamanca, Segóvia, Toledo e Zamora. Contudo, o grosso das peças está concentrado na área compreendida por Trás-os-Montes, Ávila, Zamora e Salamanca, fazendo-a coincidir com a implantação territorial dos povos Ásture, Vetão, Lusitano e Carpetano." (Antero Neto, in "Vilarinho dos Galegos e os seus mascarados", Lema d'Origem - Editora)

sábado, 18 de janeiro de 2014

A tentativa de furto dos sinos de Vila dos Sinos

Foto: Antero Neto
Diz-se que quando foi construído o convento de S. Francisco, em Mogadouro (séc. XVII), os frades, desejosos de o dotarem com sinos de alto coturno,  numa bela noite, acompanhados de vários homens da vila, dirigiram-se a Vila dos Sinos, com um carro puxado por uma junta de fortes bois, para roubar o sino da igreja local, que era famoso por se ouvir várias léguas em redor. Contudo, desajeitados, ao deslocá-lo, fizeram com que o badalo tocasse algumas badaladas.
Alertada pelo som, produzido a inusitada hora, a população local reuniu-se de imediato e correu com os franciscanos e seus apaniguados a pau e pedra. Parece que nunca mais ousaram lá voltar.
Fonte: José Manuel Martins Pereira, in "As Terras de entre Sabor e Douro".

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

As gravuras rupestres da Fraga do Diabo- Vila dos Sinos



As gravuras rupestres da "Fraga do Diabo" situam-se no termo de Vila dos Sinos, freguesia de Vilarinho dos Galegos. Este conjunto de arte rupestre já foi alvo de um estudo (pelo menos) da autoria de Francisco Sande Lemos e Domingos Marcos, publicado nos "Cadernos de Arqueologia" (1984). Os autores dão-nos conhecimento da versão popular: o diabo afiaria aqui as suas unhas, deixando as marcas que perduraram até hoje. Embora, tal como referem e se pode observar nas imagens do vídeo, já houve diversas tentativas de as destruir.
Os autores fazem uma tentativa de localização cronológica que situam entre o Paleolítico Superior e a Idade do Ferro, mas sem arriscarem um período concreto (propõem a Idade do Bronze, mas com interrogação). De resto, pouco mais dizem com interesse para o caso.
Estas insculturas assemelham-se às de Meirinhos, já aqui retratadas, e que Barry Fell propôs serem manifestações de escrita ogâmica. A tese do reputado investigador foi colocada em causa por diversos pares seus. A escrita ogâmica era representada em carvalho e acácia, enquanto as de Meirinhos foram-no no granito e estas no xisto. Será isso relevante? Sobram mais interrogações do que certezas...
Por fim, diga-se que existem perto de Palaçoulo algumas manifestações de arte rupestre em tudo semelhantes a estas de Vila dos Sinos.
Se alguma alma caridosa que conhece o local se quiser oferecer para me conduzir até lá, aceito...

sábado, 27 de março de 2010

Por Vila dos Sinos...






Fotos: Antero Neto.
-Olha! Andam uns homes a filmar a aldeia!
- Em vez de andarem a tirar fotografias às pedras velhas, deviam era fotografar coisas bonitas!
- Por isso é que a estou a fotografar a si...




domingo, 15 de novembro de 2009

Vila dos Sinos

O "berrão" ou "verrasco" de Vila dos Sinos.
Gravura numa das pedras improvisadas para o suporte da estátua.


Pormenor da cachorrada lateral da igreja.
Um dos alçados laterais do templo.

Aspecto do templo, com a estátua em primeiro plano.
Fotos: Antero Neto.
Vila dos Sinos, apesar do nome, é uma pequena aldeia, anexa da freguesia de Vilarinho dos Galegos. Em escavações feitas no século passado, foi encontrado ali valioso espólio arqueológico. Actualmente, encontra-se exposta a estátua em forma de porco, popularmente designada por "berrão" ou "verrasco". Intrigou-me a gravura de uma das pedras de suporte, que devia fazer parte de um outro conjunto arqueológico local, e cuja utilização com aquele fim me parece deslocada e até de mau gosto.
Igualmente desagradável foi o uso e abuso de cimento para "restauro" de elementos da fachada da igreja (nomeadamente na cachorrada). Mas é o que temos...