Ainda não tinha voltado à quinta de Santo André depois da subida do leito do rio Sabor, provocada pela construção da barragem do Baixo-Sabor. A paisagem, que já era linda, ficou deslumbrante. Agora, ainda apetece mais ir até lá. Magnífico!
figuras, património, lugares e histórias que fazem (e fizeram) o quotidiano mogadourense
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
Por terras de Valverde...
Tendo como objectivo a recolha de algumas imagens para ilustrar o meu próximo livro (que versará sobre Valverde e as suas tradições), andei a percorrer alguns locais que já conheço muito bem, mas que continuam a exercer magnético fascínio sobre a minha pessoa. Rumei até ao Souto, onde pude observar o remanso da paisagem cuja beleza esmagadora nos absorve de tal forma, que nos esquecemos do tempo.
Souto.
Dali, continuei pela velhinha e esburacada estrada de macadame até ao Santo André, onde observei com agrado o templo restaurado. Verifiquei igualmente que começam a restaurar algumas casas particulares. É bom sinal. O Santo André é um local mágico. Faz-nos querer recuar no tempo. Sentir a azáfama dos ranchos de apanhadores de azeitona que vinham de fora. Vivenciar as suas experiências; observar os convívios; escutar as historietas maravilhosas que certamente se contavam nos serões animados pelos mais conversadores...
Pormenores de Santo André.
Este ano é propício aos cogumelos. De todas as variedades, cores, tamanhos e feitios, são um verdadeiro pitéu para quem os aprecia. Há quem não lhes toque, e há quem se lambuze por eles. Pessoalmente, sou apreciador. Dos que conheço bem...
Clicar nas imagens para ampliar.
Entretanto, fez-se tempo de rumar a Valverde. Tempo de reencontro com amigos e de trocar dois agradáveis dedos de conversa, enquanto bebíamos uma cervejita à porta do café. Falámos um pouco de tudo, e como era dia de Taça, lá resvalou a laracha para a bola. Os meus amigos Armando e Manuel ainda são do tempo dos privilegiados que viram jogar o imortal Eusébio. Benfiquistas ferrenhos, ignorámos ostensivamente a tareia que, lá dentro, na televisão do bar, o leãozinho dava ao "super-mega-hiper-novo-rico-dragom-espanhol" de mister "Flopetegui".
sábado, 14 de abril de 2012
Santo André (quinta de baixo) e Roca
SANTO ANDRÉ (QUINTA DE BAIXO)
"Lembra o meu irmão Afonso que, quando nos dirigíamos a Santo André, a cavalo, e ultrapassávamos em uma ou duas centenas de metros o cruzamento de Valverde e iniciávamos a descida, ouvia o nosso Pai dizer: "entramos no Céu"."
(António Guilherme de Moraes Machado, in "Referências", João Azevedo Editor, 2001).
A pretexto de ir apanhar uma salada de cuncos, o amigo Zé Joaquim desencaminhou-me para dar um salto a Santo André e à Roca. Já tinha saudades de uma reportagem no terreno. E, não obstante a chuva intermitente, foi uma viagem mágica a dois sítios onde nunca tinha estado: a quinta de baixo e a Roca (já tinha ido a Santo André, mas tinha-me ficado pela quinta de cima, por ignorar a existência da outra).
A bela prosa do Dr. António Guilherme já me tinha seduzido para o local. Mas, sentir a paz e comungar com a beleza esmagadora que o sítio proporciona é algo que só vivenciando se tange.
Timidamente dissimulada na paisagem envolvente, a quinta de baixo situa-se em local privilegiado, convidando o circunstante a uma breve viagem ao passado recente.
Pormenor delicioso, que deixa a entender que aquela pedra já ornou edifício mais faustoso.
Ruas ermas que nos remetem novamente para a obra do Dr. Machado: "Santo André, chegaste ao fundo. Quem irá recuperar-te?" (idem).
ROCA
Terminada a breve visita a Santo André, demandámos a Roca. Enquanto percorríamos o caminho vicinal, íamos deliciando a vista com a magnífica paisagem que nos proporciona o vale do Sabor. Subitamente, descortinámos uma pequena praia lá ao fundo, antes da imponente ponte que liga Meirinhos ao Sardão. Que vontade de lá ir! Mas o tempo escasseava e a chuva incomodava. Seguimos viagem, e, ao virar da curva, eis que surge o vetusto e arruinado casario...
Mais ruínas, mais beleza, mais história.
Apetece ficar por ali. Cumprimentar os vizinhos do alto da balaustrada do alpendre. Confidenciar expectativas para a próxima colheita de azeitona...
O Zé, embevecido com as vistas.
Beleza escondida, trilhos selvagens, um poço que espreita por entre as silvas densas. Silêncio...
Até qualquer dia...
Uma palavra final de agradecimento ao Zé Freitas, pela cedência da "catrela", que tornou possível a expedição até à Roca.
"Lembra o meu irmão Afonso que, quando nos dirigíamos a Santo André, a cavalo, e ultrapassávamos em uma ou duas centenas de metros o cruzamento de Valverde e iniciávamos a descida, ouvia o nosso Pai dizer: "entramos no Céu"."
(António Guilherme de Moraes Machado, in "Referências", João Azevedo Editor, 2001).
A pretexto de ir apanhar uma salada de cuncos, o amigo Zé Joaquim desencaminhou-me para dar um salto a Santo André e à Roca. Já tinha saudades de uma reportagem no terreno. E, não obstante a chuva intermitente, foi uma viagem mágica a dois sítios onde nunca tinha estado: a quinta de baixo e a Roca (já tinha ido a Santo André, mas tinha-me ficado pela quinta de cima, por ignorar a existência da outra).
A bela prosa do Dr. António Guilherme já me tinha seduzido para o local. Mas, sentir a paz e comungar com a beleza esmagadora que o sítio proporciona é algo que só vivenciando se tange.
Timidamente dissimulada na paisagem envolvente, a quinta de baixo situa-se em local privilegiado, convidando o circunstante a uma breve viagem ao passado recente.
Pormenor delicioso, que deixa a entender que aquela pedra já ornou edifício mais faustoso.
Ruas ermas que nos remetem novamente para a obra do Dr. Machado: "Santo André, chegaste ao fundo. Quem irá recuperar-te?" (idem).
ROCA
Terminada a breve visita a Santo André, demandámos a Roca. Enquanto percorríamos o caminho vicinal, íamos deliciando a vista com a magnífica paisagem que nos proporciona o vale do Sabor. Subitamente, descortinámos uma pequena praia lá ao fundo, antes da imponente ponte que liga Meirinhos ao Sardão. Que vontade de lá ir! Mas o tempo escasseava e a chuva incomodava. Seguimos viagem, e, ao virar da curva, eis que surge o vetusto e arruinado casario...
Mais ruínas, mais beleza, mais história.
Apetece ficar por ali. Cumprimentar os vizinhos do alto da balaustrada do alpendre. Confidenciar expectativas para a próxima colheita de azeitona...
O Zé, embevecido com as vistas.
Beleza escondida, trilhos selvagens, um poço que espreita por entre as silvas densas. Silêncio...
Até qualquer dia...
Fotos: Antero Neto.
Uma palavra final de agradecimento ao Zé Freitas, pela cedência da "catrela", que tornou possível a expedição até à Roca.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Aforamento da granja de Santo André
Foto: Antero Neto.
"Noverint universi presentem cartam inspecturi, quod ego, Alfonsus dei gratia Rex Portugalie et Algarbii, do et concedo vobis Johanni Petri et Martini Petri et Pelagio Petri et alii populatori quem vobis cum statim debetis mittere et uxoribus vestris et cunctis vestris successoribus ad forum pro ad semper illam meam grangiam que vocatur sanctus Andreas de Mugadoyro (...)" - 22 de Fevereiro de 1274.
Excerto do documento de aforamento da quinta de Santo André a diversos moradores (Chancelaria de D. Afonso III).
"Noverint universi presentem cartam inspecturi, quod ego, Alfonsus dei gratia Rex Portugalie et Algarbii, do et concedo vobis Johanni Petri et Martini Petri et Pelagio Petri et alii populatori quem vobis cum statim debetis mittere et uxoribus vestris et cunctis vestris successoribus ad forum pro ad semper illam meam grangiam que vocatur sanctus Andreas de Mugadoyro (...)" - 22 de Fevereiro de 1274.
Excerto do documento de aforamento da quinta de Santo André a diversos moradores (Chancelaria de D. Afonso III).
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Santo André










Só por lá tinha passado uma vez. Numa tarde fria e chuvosa de Outono, e desarmado (sem máquina fotográfica). Ontem, em dia estival (dava para estrelar ovos em cima das fragas), acompanhado pela família, motivado pelo contacto da Arquitecta Helena Barbosa e seduzido pela releitura do pequeno, singelo e simultaneamente belo e comovente livro de memórias escrito pelo Dr. António Guilherme Moraes Machado ("Referências"), demandei novamente aquelas paragens em busca do encanto bucólico que me tinham descrito. E, realmente, vale a pena descer até Santo André. Quase totalmente em ruína, a fazer lembrar as cidades fantasmas do Faroeste americano, está impregnada de espírito rústico e faz-nos recuar no tempo e imaginar o bulício de outrora, na apanha da azeitona. É uma viagem até às verdadeiras entranhas do Portugal rural, na plenitude do seu encanto.
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