domingo, 20 de janeiro de 2008

Dia de matança em Bruçó...

No fim, devido ao elevado teor alcoólico da pinga que regou o repasto, deu-lhes para isto... Saltar a fogueira. Houve um ferido a lamentar (o "menino Tonecas"). Mas... com aquela barriguinha, o que é que ele queria?
Olhem só a performance do Luís Tibério na "raiola"...

O Ti "Campanera" trava-se de razões com o Artur, por causa da "raiola". O Fonseca vai intermediar a contenda...


O Ti Rentes acomoda a "tchitcha" no lume...

Este foi literalmente "ao poste". Na falta de estaca apropriada...

A abertura do bicho. O domínio desta técnica é muito importante neste ritual...

O cu tem que ficar atado, para que o respectivo recheio não suje o resto da carne.


Chamuscar o dito cujo com "fatchuqueiros" de palha é uma tradição fundamental para o bom sabor da carne...

A limpeza do cu do porco.

Atentem no pormenor do sacho...


Este já não esperneja...

Apesar de pequeno, foi difícil segurá-lo....


O "cadafalso" (Pariço).

Onde haveria de ser assado.

O "raspanço" do animal (feito com pedras e pedaços de cortiça).

A operação de raspagem e lavagem.
Fotos: Antero Neto /2008.

Foi muito bom recordar as tradições. Sem frontais de tractor e sem maçaricos. A matança feita segundo os preceitos tradicionais tem outro encanto. E a prova disso esteve na adesão e entusiasmo das gentes de Bruçó. Houve quem viesse de longe para ver como se fazia antigamente. As expectativas não sairam defraudadas. Por pouco tempo reviveram-se memórias do Reino Maravilhoso.

A todos os que tornaram este momento possível, um abraço do tamanho do mundo!

Gente fantástica. Momentos mágicos. Bruçó a rodar. Aldeia bem viva e recomendada!