Fotos: Antero Neto.
Só por lá tinha passado uma vez. Numa tarde fria e chuvosa de Outono, e desarmado (sem máquina fotográfica). Ontem, em dia estival (dava para estrelar ovos em cima das fragas), acompanhado pela família, motivado pelo contacto da Arquitecta Helena Barbosa e seduzido pela releitura do pequeno, singelo e simultaneamente belo e comovente livro de memórias escrito pelo Dr. António Guilherme Moraes Machado ("Referências"), demandei novamente aquelas paragens em busca do encanto bucólico que me tinham descrito. E, realmente, vale a pena descer até Santo André. Quase totalmente em ruína, a fazer lembrar as cidades fantasmas do Faroeste americano, está impregnada de espírito rústico e faz-nos recuar no tempo e imaginar o bulício de outrora, na apanha da azeitona. É uma viagem até às verdadeiras entranhas do Portugal rural, na plenitude do seu encanto.