







Fotos: Antero Neto.
Embora pudesse chegar lá de carro, resolvi deixar os cavalos a pastar junto ao lameiro do sopé e calcorrear o íngreme acesso ao castro (a meio do percurso ainda me lembrei algumas vezes do "Kit", e do seu comando maravilhoso, mas a caminhada de cerca de 15 minutos acabou por me fazer bem...).
Ali chegado, fiquei espantado com a dimensão da fortaleza. Quem passa em baixo não imagina o tamanho da antiga povoação. Nem a beleza rude da paisagem. É um dos locais mais belos que tenho visitado.
Nestas incursões lembro-me frequentemente de quando era miúdo e andava à descoberta de resquícios dos nossos antepassados. Quando eu, o Zé Joaquim e o Luís Miguel andávamos pelas ruínas do solar dos Pegados, e pelo esqueleto do "palácio a que chamam castelo". Que bela equipa! Um advogado, um polícia e um juiz. E nem sequer falta o arguido: o omnipresente Estado, com a sua conduta negligente...
Por falar nisso, constatei, com tristeza, que no castro de Santiago andou mão (máquina) criminosa a destruir vestígios e estruturas. Sem qualquer espécie de finalidade que se vislumbre...
Aproveito para deixar aqui uma sugestão ao meu amigo Sousa, alcaide de Vila de Ala, para que impeça o acesso a viaturas ao núcleo arqueológico (é visível uma tentativa nesse sentido, que foi prontamente contornada por algum "xico-esperto").
Para os menos "enfarinhados" na questão, e relativamente ao título do post, há quem afirme que Santiago foi a "civitas Astiatico". Ou seja, uma espécie de capital de distrito no tempo do reino suevo (distrito esse que compreendia o actual planalto mirandês, mais coisa, menos coisa)
É só uma hipótese. Mas uma hipótese excitante...
É só uma hipótese. Mas uma hipótese excitante...