Às vezes acontecem tardes assim. O meu amigo João Vilares telefonou a convidar-me para degustar as novas alheiras e linguíças. Depressa se formou um juntouro à volta do petisco, e toca de divagar. O ti Alfredo Ribeiro e o ti Henrique "feiticeiro" puseram-se a desfiar histórias de antanho e fomos parar à tragédia do capitão Marcelino.
Esta personagem merece melhor abordagem. Por hoje fico-me por aquilo que consegui reter. Contaram-me eles que o referido capitão Marcelino matou a tiro o Cabeças. Foi num dia de feira. E foi para vingar uma tareia que o Cabeças tinha dado ao pai do capitão.
O oficial terá dito ao Cabeças: "Vira-te lá, ó covarde! Eu não mato homens pelas costas!" Dito isto, disparou o tiro fatal que viria a vitimar o alvo.
Depois do sucedido, refugiou-se na cave da casa do Palhau e aguardou que um militar de patente superior à sua o viesse prender.