domingo, 27 de junho de 2010

Ploumagoar/Plouvagoar (Anterix entre os Bretões)

Hugues Roussell, presidente da Associação Ploumadouro e o Maire de Ploumagoar/Plouvagoar, Bernard Hamon
As casas típicas da região
Músicos portugueses em acção
A graça e beleza transmontana em terra de bretões, com a Vânia a brilhar na dança e no canto (e o que eles precisam de mulheres bonitas...)
Placas bilingues: em francês e em bretão.
A equipa de segurança à cozinha durante o jantar oferecido pelos mogadourenses aos anfitriões: Bruno Aliste, Mário Amaro, Antero Neto, Fernando Moreno, Carlos Tomé (tapado) e Filipe Henriques (foto: Francisco Fernandes)
Fotos: Antero Neto.



Conforme previsto e anunciado lá fomos em direcção ao noroeste francês para mais uma jornada da geminação com a povoação gaulesa de Ploumagoar (Plouvagoar em bretão).
Foi uma semana preenchida e cansativa, dedicada ao tema "agricultura", com visitas a diversas infraestruturas económicas e produtivas da região.
Da visita, retive em particular duas estruturas. A primeira e mais importante, foi a uma cooperativa de produtores de legumes, proprietária da marca "Prince de Bretagne". Reproduzem um conceito que há muito defendo para a nossa região: os produtores estão associados e organizados nesta cooperativa que comercializa os seus produtos. O escoamento é garantido através de um complexo e bem organizado sistema que gostava de ver implantado aqui (e que é perfeitamente possível, a um nível multimunicipal).
A segunda estrutura, tem que ver com os chamados "liceus agrícolas". Funcionam muito bem e estão permanentemente virados para a realidade exterior. Fiquei encantado com o conceito. Penso que em Carvalhais terá funcionado algo do género. Mas, ao invés de ser acarinhado e promovido, foi extinto...
De resto, retive mais dois aspectos: a mentalidade bretã. São despojados, empreendedores e excelentes convivas. Organizados, responsáveis, exigentes e, ao mesmo tempo, bons companheiros (bons copos e bons garfos!).
Em contraste com os bretões, as paisagens natural e urbana francesas são monocromáticas, monótonas e desinteressantes. Falta-lhes o colorido, alegria e diversidade típicos do sul da Europa. Acho que não me habituava a tanto cinzentismo.