domingo, 10 de abril de 2011

Altarico e "castelo" de Urrós

Vista geral do Altarico, com a gravura serpentiforme na rocha do canto inferior direito. Ao lado do altar a rocha foi escavada. Alguns estudiosos do local afirmam que ali existiu uma pia lustral.
Curiosamente, o altar tem sete degraus...
Pedras fincadas: a primeira estrutura defensiva do castro.
Aspecto do torreão principal do castro.
Pano de muralha castreja.
Vista panorâmica que se alcança do topo do castro.
Idem.
Eu e tiu Artur Barrios (foto: Raquel Azevedo).
Restos de construção circular dentro do perímetro do castro.
Parte de uma mó a decorar o muro de habitação próxima do Altarico e castro.
Fotos: Antero Neto.
Urrós é aldeia plana, airosa e bonita. Situado no limite do concelho, o seu termo guarda tesouros arqueológicos e patrimoniais dignos de nota. Já aqui trouxemos a capela de S. Fagundo, as sepulturas cavadas na rocha, as bodegas, etc...
Desta vez fui na demanda do "castelo" de Bouça D'Aires e do "Altarico". Nessa tarefa tive a preciosa e inestimável ajuda do amigo Artur Barrios, velho compincha dos tempos do tribunal de Mogadouro. O castro ainda apresenta algumas estruturas identificáveis. O acesso não é mau. O Altarico fica a cerca de 100 metros do castro e encontra-se bem conservado. Pena foi que durante a abertura do caminho fosse soterrada uma sepultura escavada na rocha. Próximo do local foi restaurada e ampliada uma velha construção que deu lugar a uma aprazível moradia de férias. Contudo, lamenta-se que os donos utilizem partes de mós (que certamente vieram do castro ou arredores) para decorar o muro. Estas peças deveriam estar no museu de Mogadouro. Fica o alerta e a sensibilização...
Este castro foi romanizado, pois nas redondezas foram encontradas tegulae.
E nem de propósito (vide posts anteriores), foi identificada na base do Altarico uma escultura serpentiforme. Mais uma prova da importância dos ofídios na religião e iconografia pré-cristã nestas paragens.