domingo, 6 de novembro de 2011

Castro de Castendeixos - II

Diz o sítio do IGESPAR que “o Castelo de Castendeixos é um pequeno povoado assente num relevo em esporão que se desenvolve sobre a Ribeira do Castelo, curso de água subsidiário do rio Sabor. O local pode ser facilmente alcançado, uma vez que se situa junto da estrada que liga Castelo Branco à Quinta das Quebradas. Estruturalmente o sítio apresenta boas condições naturais de defesa pelos sectores sul, ocidental e oriental. Apenas o sector norte, local onde se desenvolve o colo de acesso, surge mais desguarnecido. Uma única linha de muralha em pedra partida de xisto assente a seco, que em alguns locais aparece com troços bem preservados, circuita um perímetro interno com uma planta de contornos subcirculares. Esta muralha acompanha toda a morfologia do relevo que forma um interfluvial. A arquitectura defensiva deste pequeno arqueossítio revela as características habituais dos povoados fortificados da região nordestina. Também aqui se detectam os vestígios de um possível torreão de reforço defensivo colocado a norte, e um pequeno fosso, embora actualmente seja completamente impossível definir com exactidão os seus verdadeiros contornos. À superfície do solo, dentro e fora do espaço amuralhado, detectaram-se alguns fragmentos cerâmicos cujas tipologias e pastas apontam para um alto índice de romanização.”
Fotos: Antero Neto.

Depois da primeira visita, abaixo documentada, em que me limitei a tirar fotografias a partir da estrada, resolvi ir ao centro do castro, para uma melhor e mais concreta observação. Das estruturas castrejas, apenas restam amontoados de pedra solta, que atestam a existência do povoado. Ainda são identificáveis partes da muralha externa . Este povoado fortificado é de pequenas dimensões e deve ter tido um campo de pedras fincadas a proteger o único acesso ao mesmo. Apesar de se encontrar rodeado por montes mais altos, a sua peculiar morfologia permitia-lhe uma defesa fácil e, igualmente, um rápido acesso à água da ribeira que o circunda.
Foi pena que o tivessem vandalizado para plantar amendoeiras e oliveiras que, agora, se encontram abandonadas. Não obstante o esforço legislativo de D. João V, o nosso património histórico foi sendo desvalorizado, apagando assim a memória dos nossos ancestrais...