sábado, 5 de maio de 2012

Castelo do Mau Vizinho - Algosinho

Tinha combinado uma ida a Tó, mais concretamente, à "Manuela". Mas, após breve telefonema ao alcaide local, Manuel Preto, chegámos à conclusão que era melhor adiar para próxima oportunidade, com tempo seco.
Aproveitando a ocasião, lembrei-me de um intrigante texto de Armando Redentor que referia um campo de pedras fincadas no castro de Algosinho. E como o meu amigo Pimenta de Castro também me tinha falado dele, resolvi desafiá-lo para me acompanhar ao local, porque na minha última visita não tinha descortinado qualquer estrutura do género.
Uma vez chegados à igreja, houve tempo para registar pormenores que me tinham escapado na última visita. E houve igualmente tempo para nos sentirmos chocados com parte da intervenção ali efectuada. O beiral de zinco fala por si. Chiça! Se a obra não tivesse sido patrocinada pela Secretaria de Estado da Cultura, diria que estávamos perante um acto de vandalismo! Vade retro!
Queríamos visitar o interior do templo para tirar algumas dúvidas e confirmar opiniões. Mas, como a responsável pela chave tinha ido à horta, tivemos que nos conformar e rumar ao "Castelo dos Mouros", ou "Castelo do Mau Vizinho", para aquilatar da existência do campo de pedras fincadas que Redentor refere.
O aspecto do local onde deveriam estar as pedras fincadas é o que a fotografia de cima documenta. Infelizmente, mais uma vez, a ignorância levou a melhor sobre o património arqueológico e histórico. Não deixa de ser curioso o número de peças arqueológicas que se detectam pelos campos circundantes destas estruturas: pedaços de colunas, dormentes de mós manuais a servir para completar paredes rústicas, etc., etc., etc...
Um pormenor da muralha que me tinha escapado na última expedição ao local.
Um buraco feito por um curioso, à procura de um tesouro.
Pormenores...
Acabada a visita, regada com uma chuvada abundante, regressámos à aldeia, onde observámos esta relíquia do passado recente:
Finalmente, decidimos demandar Bemposta. Antes de ali chegar, ainda houve tempo para registar mais uma das jóias patrimoniais do concelho: esta bela fonte de mergulho que deixa intuir que por ali passava uma remota via medieval. 
Fotos: Antero Neto.