quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A venda da vila de Penas Róias

Foto: Antero Neto.

Por escritura de 7 de Janeiro de 1457, celebrado na aldeia da Castanheira, termo então de Penas Róias, vendeu Rui Gonçalves Alcoforado, marido de D. Filipa Vasques, donatária das vilas da Bemposta e Penas Róias, que el-rei D. João I, doara em 1399 a seu avô, também de nome Rui Gonçalves, a dita vila de Penas Róias, a Álvaro Pires de Távora, pelo preço de «cento e cinquenta mil réis, que foram pagos em várias espécies, a saber: oitenta e cinco dobras e meia de banda, a duzentos e cinco reais por dobra, que montavam a dezassete mil e quinhentos e vinte e cinco reais; dezassete florins, a cento e quarenta reais o florim, que perfaziam dois mil trezentos e oito reais; mais nove leais a quinze reais cada um, que perfaziam cento e trinta e cinco reais; e ainda dois sacos cheios de dinheiro, que o vendedor, à sua própria frente, viu pesar, contendo vinte mil reais brancos... (mais a seguinte baixela de prata) quatro bacias grandes de cozinha, e outro bacio de lavar, dourado, grande, de água às mãos; oito pratos de servir à mesa; quatro escudelas grandes, brancas; três gomis grandes; sete taças grandes, brancas; dois copos grandes, chãos, dourados pelas bordas; três taças grandes, picadas, douradas no fundo e pelas bordas; cinco taças de bastiães douradas de bom lavor, e grandes; uma albarrada com seu sobrecopo, dourada toda; e dois castiçais grandes. Toda esta baixela pesava cento e dez marcos e o marco avaliado em mil reais». (Fonte: Abade de Baçal, in “Memórias…”)