sexta-feira, 8 de junho de 2012

Os garatujos da Anita Félix

É professora de Educação Visual e Tecnológica e apaixonou-se, desde muito cedo, pela arte de desenhar. Ana Félix é ilustradora e já publicou os seus desenhos em livros e exposições. A sua história nos Açores, arquipélago que considera fascinante, começou em 2004.

O mundo da ilustração é algo que a fascina. Conte-nos porquê?
A imagem é algo poderoso; transporta-nos para um mundo mágico que, convenhamos, em nada se assemelha ao nosso momento de crise. A imagem completa e engrandece a palavra. Assim como pode, pura e simplesmente,“dispensar” as palavras. Uma imagem desperta em nós, de imediato, um rol de sentimentos; é um sonhar acordado; é uma leveza da alma; não há tragédia na ilustração!

Foi fascinante ter visto, pela primeira vez, um desenho a lápis de grafite, numa folha A3; suponho que o meu fascínio pela imagem, desenho e ilustração tenha realmente começado nessa altura. Depois foi crescendo com a vontade de desenhar e sempre com uma grande paixão pelos livros infantis e banda desenhada.
Em que situações já apresentou, publicamente, os seus trabalhos?
O meu trabalho anda espalhado pelos amigos! Tudo o que faço é destinado àquela pessoa em concreto, por uma razão especial ou porque me apetece oferecer um desenho.
Tenho um trabalho publicado, a pedido do professor Sérgio Ávila que “apreciou “o meu traço, num livro sobre as Laje do Pico, de nome “À Ban Baxe Muro”.
Apresentei alguns dos meus trabalhos, não dentro da ilustração, mas na pintura em tela, em três exposições colectivas (Bragança) e na exposição dos participantes do concurso “Mascararte” na 1ª Bienal da Máscara realizada em Bragança.

Muitos são os desenhos que faz. Em que se inspira para concretizá-los?
Desenho com um propósito, podemos dizer que de forma personalizada, porque uma conversa me inspirou para aquele desenho, porque o dia me inspirou para um determinado traço e cor ou porque me apetecer “mimar”alguém por puro gozo de mimar.


Na sua opinião, enquanto ilustradora, que lugar tem esta arte no nosso país?
Eu costumo “apregoar”, sempre, que nós temos muito bons ilustradores, e cresci com essa ideia. Ao longo dos anos tem-se notado uma valorização desta arte, advinda duma crescente e exigente procura de bons livros e boas ilustrações. A ilustração tem de ser delicada e condizente com o texto ou superior ao que está “dito” para se valorizarem mutuamente, e nunca uma aniquilar a outra.




Por motivos técnicos, não consigo apresentar a entrevista na íntegra. Ela pode ser lida aqui:
http://patriciacarreiro.blogspot.pt/2012/05/imagem-completa-e-engrandece-palavra.html#!/2012/05/imagem-completa-e-engrandece-palavra.html