domingo, 15 de janeiro de 2017

Santa Casa da Misericórdia de Castro Vicente

No dia em que tomaram posse os corpos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, o Bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, no uso da palavra referiu as Misericórdias extintas, mencionando a esse propósito a de Azinhoso. Mas, a de Castro Vicente que se extinguiu, supostamente no séc. XIX, também merece referência.
Fonte de mergulho de Castro Vicente (foto: Antero Neto).

Aqui deixo alguns contributos para a sua história, tendo como fonte um estudo da autoria de José Marques ("Nos primórdios da igreja da Misericórdia de Castro Vicente"):
Foto de José Marques (inserida no estudo em questão).

- A escritura de constituição do património exigido para a igreja poder funcionar foi outorgada em 11 de Janeiro de 1587, sendo tabelião Baltasar Cordeiro e provedor desta Santa Casa, Álvaro de Sá (que era casado com Maria Pinta).

- Facto que leva a crer que a Santa Casa, enquanto instituição, já fosse anterior a essa data.

- Em 1758 tinha 25 irmãos, tendo as eleições periodicidade anual. No acto eleitoral eram eleitos um provedor, um escrivão, um procurador e um mordomo.

- Durou cerca de 270 anos e teve hospital, que se situava próximo da igreja paroquial (num espaço agora ocupado por casas particulares).

- O último provedor de que há registo foi Manuel Inácio Martins, sendo mordomo António Joaquim Escaleira (1855).