domingo, 12 de outubro de 2008

Vindima

A faina.
À volta da merenda.
O lagar.
A descarga das uvas, comigo a dar uma mãozinha.
O futuro néctar.
Fotos: Antero Neto e Raquel Azevedo.
A vindima, mais do que uma tarefa agrícola, é uma festa. O convívio, o espírito ancestral de entreajuda, e a alegria dos trabalhadores fazem desta safra um fenómeno único no mundo rural. Da vindima de antanho já quase nada resta. Apenas o ambiente. Os cestos pesados e pouco práticos, foram substituídos pelos "jigos", pequenos recipientes de plástico, muito mais manejáveis e confortáveis. Ainda se usam as bestas para os transportar, mas criaram-se estruturas metálicas, que evitam o trabalhoso e demorado acto de desatar e atar os cestos aos animais.
O tradicional pisar das uvas também perdeu campo para a máquina trituradora, que separa logo os bagos do cango e deixa a tarefa praticamente concluída.
Eu sei que se perdeu algum romantismo, mas os tempos evoluem e as práticas antigas serão inevitavelmente confinadas aos postais ilustrados, para "turista ver".